CUPIM



Na África do Sul, existem enormes ninhos subterrâneos onde convivem milhares de cupins. Esta grande população faz com que o ar esquente muito e fique viciado. Para solucionar este problema, eles constroem sobre a terra grandes estruturas de barro, com as paredes porosas e uma chaminé central, mas sem abertura, para que não entre água. O ar quente sobe por esta chaminé central e o ar frio penetra pelas paredes porosas e empurra o ar quente para fora.

Já na Austrália, em regiões onde o solo é alagadiço, os cupins vivem na superfície, mas constroem seus ninhos sempre no sentido norte-sul, se orientando pelo magnetismo terrestre. São ninhos enormes com mais de 3 metros de altura. Estes cupinzeiros apresentam um esquema muito engenhoso para a regulação da temperatura interna. Eles são maiores na base e bem finos no topo e bem achatados, formando apenas duas laterais bem largas, lembrando a posição das mãos juntas ao rezar. Nestas construções, de manhã o sol bate diretamente na face leste do cupinzeiro, onde os cupins se concentram para se esquentar após uma noite fria. Ao meio dia, com o sol a pino, o cupinzeiro escapa da forte irradiação solar por ter o ápice bem fino. Durante a tarde a face oeste vai esquentando enquanto a leste esfria e os cupins podem escolher o local mais adequado para ficar.




No mês passado, manifestantes da Via Campesina, invadiram um porto da empresa Aracruz, e além de usarem tinta, água e combustível para danificar os fardos de celulose, resolveram inovar e jogaram cupins em cima do material.

Tudo bem que os cupins se alimentam de celulose, mas retirados da estrutura de seus ninhos e expostos à luz do sol, estes bichos morrem rapidamente e devem ter contribuído muito pouco com o estrago provocado.

Aproveito para esclarecer uma dúvida muito frequente. Principalmente em relação aos cupins de solo, se pegarmos um livro ou um pedaço de madeira que está sendo atacado e o transferirmos para outra área, os cupins poderão sobreviver por algum tempo e até causar pequenos danos, se forem colocados em contato com outras peças de madeira ou papel, mas não conseguirão se instalar e formar uma nova colônia, já que os ovos e os reprodutores não se encontram na peça transportada.

Já móveis atacados por cupins de madeira seca, podem ser transportados com sucesso de uma casa para outra, já que as colônias são bem menores e estão sempre dentro do móvel atacado. Mesmo assim, a transmissão costuma se dar através dos reprodutores alados, podendo demorar anos para que aconteça. Portanto, não é preciso se desesperar achando que eles vão se espalhar por toda casa em pouco tempo.






"PARA COMBATER É PRECISO CONHECER"

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